A raça Bull Terrier
Origem: Inglaterra
Aptidões particulares: Cão de companhia, de guarda e de defesa.
Esperança de vida: 13 anos
Tamanho da raça: 35 – 50 cm. aprox.
Peso da raça: 20 – 40 kg aprox.
Padrão FCI: Número 11 – Grupo 3
Padrão AKC: Terrier
- Veja algumas fotos da raça Bull Terrier
HISTÓRIA DA RAÇA
Sua origem data de 1830, quando o esporte de luta entre Bulldogs e touros na Inglaterra estava no ápice. Nesta época os aficionados deste esporte decidiram criar uma raça ainda mais ágil e feroz, que fosse também bom para rinha de cães, já que o esporte com touros estava para ser proibido. Cruzando o Bulldog com o Old English Terrier e o Spanish Pointer eles chegaram ao que viria a ser a base do Bull Terrier de hoje.
As lutas entre os Bulldogs eram rápidas e sem mobilidade, já que os cães mordiam e não soltavam mais até a morte, fato que fez com que os mais “apaixonados” pela atividade procurassem a criação de uma raça que mantivesse a valentia, combatividade, tenacidade e insensibilidade à dor do “Bulldog “a outros predicados que se faziam mister para uma boa “briga”. O cão utilizado para esta “miscigenação ” foi o Terrier branco existente na ilha, muito popular, valente e ágil, caçador de predadores como lobos e raposas.
Assim surgiram os primeiros Bulldog and Terrier, que durante gerações combateram seus irmãos de raça.
Pouco a pouco o Bulldog and Terrier foram se tornando o companheiro do inglês de classe média, principalmente dos universitários de Cambridge e Oxford, subindo posteriormente para os salões mais nobres.
Mas as características atuais do Bull Terrier são creditadas a criadores do final do século passado, em especial a um chamado James Hinks, lorde de Birmingham,que resolveu apurar um pouco mais a raça, que carecia de beleza e simetria. Durante anos efetuou cruzamentos utilizando outras raças e muita consangüinidade, até o ano de 1862, quando apresentou pela primeira vez em uma exposição, o cão resultante de seu trabalho. Foi considerado um cão muito superior em confronto, beleza e temperamento aos antigos Bulldog and Terrier. Ele criaou cães com cabeça mais longa, pernas mais retas, uma aparência mais graciosa, e mais espertos. Há suspeitas de que Hinks obteve estas características a partir de cruzas do Bull Terrier original com Pointers e Dalmatas. Logo que a raça começou a ser desenvolvida havia uma grande variedade de cores, tamanhos e proporções entre os cães. Teria sido James Hinks o primeiro a padronizar estes cães, buscando sempre a cor branca, a cabeça no formato de ovo e o temperamento combativo. Uma vez que o tipo da raça já estava bem fixado, começou-se a introduzir as cores.
O DONO IDEAL
O dono ideal para um Bull é aquele que gosta de praticar esportes com o cão ou, pelo menos, que possibilita a ele bastante atividade física”, define Rogério Brasil Uberti, criador da raça há 12 anos. É que o Bull é um atleta nato. Correr, pular, brincar, nadar e tudo o mais que exija preparo físico são certamente os programas prediletos da raça. “Aos donos potenciais, vale lembrar que, além de ativo e animado, o Bull é um cão pesado, que pode dar uns empurrões meio fortes.
ALIMENTAÇÃO
Seja criterioso ao escolher a ração.
Rações super premium são formuladas com matéria prima importada, de maneira completamente balanceada que garante um melhor desempenho e menor consumo do produto.
Rações muito baratas não reúnem todas essas qualidades.
É recomendado que cães adultos se alimentem 2 vezes ao dia e filhotes façam entre 3 a 5 pequenas refeições.
Nunca permita que seu animal coma restos de comida. E lembre-se: aquilo que não serve mais para você comer, não serve também para seu cão.
Nunca dê ossos de aves, nem espinhas de peixe ao seu cão.
Mantenha comedouros e bebedouros sempre limpos.
Ofereça água fresca em abundância e troque a água do bebedouro com freqüência.
O cão até 1 ano de idade é considerado um filhote e, de um modo geral, eles comem de tudo, devendo o proprietário ficar atento a fim de evitar uma intoxicação.
Filhotes devem ser amamentados até os 40 dias. Quando ocorre a falta ou o leite não for suficiente, utiza-se um substituto instantâneo para filhotes ( Royal Canin, SPECIALITY CYNOTECHNIQUE INTERNATIONAL) a cada duas horas. A alimentação dos filhotes (diferente da de adultos que é rica apenas em carboidratos) é balanceada para atender suas necessidades nutricionais, sendo enriquecida com proteínas, cálcio e fósforo. Durante esta fase, tanto o excesso quanto a carência de certos nutrientes podem ser prejudiciais ao desenvolvimento do animal.
Os cães não digerem bem o leite de vaca pois é rico em lactose. Por isso, normalmente após o processo de desmame não há nenhuma recomendação para que leite faça parte da dieta do cão. E neste caso, estamos falando de qualquer leite: desnatado, gordo ou semi-desnatado.
TEMPERAMENTO
Hoje o Bull Terrier é um cão cercado de lendas e histórias, contadas na sua maioria por maus proprietários, que se aproveitam de sua valentia, determinação e força para outros fins, como também se aproveitam de outras raças como: American “Pit Bull” Terrier, Mastim Napolitano, Tosa dentre outras.
Devido aos vários incidentes ocorridos ultimamente envolvendo cães da raça American Pit Bull Terrier, mais conhecido como PIT BULL, a imagem do BULL TERRIER vem sendo erroneamente utilizada pela mídia para identificação visual dos cães, provavelmente pela similaridade de nomes, mesmo sendo cães muito diferentes na aparência e temperamento.
Um típico Bull Terrier é ativo, interessado, brincalhão e palhaço. Ele também é extremamente ligado ao seu dono e sua família. Ele é antes de tudo um grande amigo e companheiro, sempre cheio de vida e disposição, com abnegação total pelo seu amado senhor; gosta do ambiente familiar, tem paciência de “Jó” com as crianças e quando é ignorado, normalmente procura as pessoas da família com pequenos encontrões e lambidas como que implorando a sua atenção e carinho.
Dentro de casa é um cão educado e inteligente, preservando o seu espaço. Por ter o pelo curto, a sua higiene é fácil e sempre faz suas necessidades no lugar escolhido por seu dono. Outra característica muito marcante do Bull Terrier é que ele praticamente não late, só o fazendo normalmente para avisar a presença de estranhos.
Com temperamento alegre , gosta muito de deitar em um confortável sofá e assistir a um bom programa na televisão juntamente com a família, de brincar e pular como um “canguru” e dar rodopios no ar para chamar a atenção, buscar bolinhas e outros brinquedos, apesar de não deixá-los inteiros por muito tempo.
BULL TERRIER NOMENCLATURA CINÓFILA UTILIZADA NESTE PADRÃO
1 – Trufa 13 – Perna 25 – Braço
2 – Focinho 14 – Jarrete 26 – Ponta do esterno
3 – Stop 15 – Metatarso 27 – Ponta do ombro
4 – Crânio 16 – Patas
5 – Occipital 17 – Joelho
6 – Cernelha 18 – Linha inferior
7 – Dorso 19 – Cotovelo a – profundidade do peito
8 – Lombo 20 – Linha do solo
9 – Garupa 21 – Metacarpo b – altura do cotovelo
10 – Raiz da cauda 22 – Carpo
11 – Ísquio 23 – Antebraço a + b = altura do cão
12 – Coxa 24 – Nível do esterno na cernelha
PADRÃO DA RAÇA
COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: o Bull Terrier é o gladiador das raças caninas, corajoso e fogoso. De temperamento equilibrado e fácil de ser disciplinado. Embora obstinado, é particularmente bom com as pessoas.
CABEÇA: longa, forte e profunda até o final do focinho, jamais grosseira. Vista de frente, tem a forma de ovo e é completamente cheia; sua surperfície é livre de cavidades ou recortes. O perfil se curva suavemente para baixo, do topo do crânio até a ponta da trufa.
REGIÃO CRANIANA
Crânio: o topo do crânio é quase plano de orelha a orelha.
REGIÃO FACIAL
Trufa: deve ser preta, bem inclinada para baixo na ponta. Narinas bem desenvolvidas.
Lábios: bem ajustados e limpos.
Maxilar / Dentes: mandíbula profunda e forte. Dentes saudáveis, bem ajustados, fortes, de bom tamanho, com uma perfeita, regular e completa mordedura em tesoura.
Olhos: de aparência estreita, obliquamente colocados e triangulares; bem profundos, pretos ou marrons o mais escuro possível, de maneira a parecer quase preto, com uma expressão penetrante. A distância, dos olhos até a ponta do nariz, deve ser, perceptivelmente maior que a dos olhos ao topo do crânio. Olhos azuis ou parcialmente azuis são indesejáveis. Orelhas: pequenas, finas e colocadas próximas. O cão deve portá-las rigidamente eretas.
PESCOÇO: muito musculoso, longo, arqueado, afinando dos ombros à cabeça e livre de pele solta.
RONCO: bem arredondado, com nítido arqueamento das costelas e grande profundidade da cernelha ao esterno, de maneira que este fique mais próximo do solo.
Dorso: curto, forte, com a linha superior atrás do nível da cernelha arqueando ligeiramente sobre o lombo.
Lombo: largo e bem musculoso. Peito: largo, quando visto de frente. Linha inferior: da ponta do esterno ao ventre, forma uma graciosa curva para cima.
CAUDA: curta, inserida baixa e portada horizontalmente. Grossa na raiz afinando para a ponta.
MEMBROS
Anteriores: devem ter uma forte ossatura redonda, a mais forte e robusta possível, de maneira que o cão possa ficar solidamente plantado e devem ser perfeitamente paralelos. Em cães adultos, o comprimento dos anteriores deve ser aproximadamente igual à profundidade do peito.
Ombros: fortes e musculosos, sem serem carregados. Escápulas largas, planas e colocadas bem próximas da caixa torácica. Devem apresentar, debaixo para cima, uma nítida inclinação em seus bordos anteriores, formando um ângulo quase reto com o braço.
Cotovelos: retos e fortes.
Metacarpos: retos.
Posteriores: paralelos, quando vistos por trás.
Coxas: musculosas.
Joelhos: articulação bem angulada.
Jarretes: bem angulados.
Metatarsos: curtos e fortes.
PATAS: redondas e compactas, com dedos bem arqueados.
MOVIMENTAÇÃO: quando em movimento, o cão parece ter todas as suas partes bem integradas, cobrindo o solo com passos fáceis e regulares e com um típico ar garboso. No trote, os membros trabalham em planos paralelos. Quando a velocidade aumenta, as pegadas convergem para o eixo central. Os anteriores apresentam um bom alcance e os posteriores fornecem uma boa propulsão, pela ação compassada das ancas e pela flexão dos joelhos e jarretes.
PELE: bem aderente.
PELAGEM
Pêlo: curto, assentado, denso, áspero ao toque e brilhante. O subpêlo pode estar presente no inverno.
COR: nos brancos, pura pelagem branca. A pigmentação da pele ou marcações na cabeça não devem ser penalizadas. Nos coloridos, a cor predomina sobre o branco. O tigrado é preferido. Tigrado escuro, vermelho, castanho e tricolor são aceitáveis. Pequenas marcas na pelagem branca são indesejáveis. Manchas azuis e fígados são altamente indesejáveis.
TAMANHO: não há limites para a altura e o peso, mas o cão deve dar a impressão de máxima substância para seu tamanho, em coerência com as suas qualidades e sexo.
FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.
NOTAS:
• os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal.
• todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.
BULL TERRIER MINIATURA
O padrão do Bull Terrier Miniatura é o mesmo que o do Bull Terrier, com a seguinte exceção:
TAMANHO: a altura não deve exceder 35,5 cm. Deve dar uma impressão de substância ao tamanho do cão. Não há nenhum limite de peso. O cão deve ser, a todo momento, bem balanceado.
NOTAS:
• os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.
• todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.
Confira mais canis de Bull Terrier para você adquirir um filhotinho:
Nenhum comentário:
Postar um comentário